Capitulo X.
 

Já são passados mais de dous mezes depois da fuga de Isaura, e agora, leitores, em quanto Leoncio emprega diligencias extraordinarias e meios extremos, e desatando os cordões da bolsa, põe em actividade a policia e uma multidão de agentes particulares para empolgar de novo a presa, que tão sorrateiramente lhe escapára, façamo-nos de véla para as provincias do norte, onde talvez primeiro que elle deparemos com a nossa fugitiva heroina.

Estamos no Recife. E’ noite e a formosa Veneza da America do Sul, coroada de um diadema de luzes, parece surgir dos braços do oceano, que a estreita em carinhoso amplexo e a beija com amor. E’ uma noite festiva: em uma das principaes ruas nota-se um edificio esplendidamente illuminado, para onde concorre grande numero de cavalheiros e damas das mais distinctas e opulentas classes. E’ um lindo prédio onde uma