Não pense o leitor, que já se acha terminado o baile, a que estavamos assistindo. A pequena digressão, que por fóra delle fizemos no capitulo antecedente, nos pareceo necessaria para explicar por que conjuncto de circumstancias fataes a nossa heroina, sendo uma escrava, foi impellida a tomar a audaciosa resolução de apresentar-se em um esplendido e aristocratico saráo, — fraqueza de coração, ou timidez de caracter, que pode ser desculpada, mas não plenamente justificada em uma pessoa de consciencia tão delicada e de tão esclarecido entendimento.
O baile continúa, mas já não tão animado e festivo como ao principio. Os applausos freneticos, a admiração geral, de que Isaura se havia tornado objecto da parte dos cavalheiros, tinhão produzido um completo resfriamento entre as mais bellas e espirituosas damas da reunião. Arrufadas