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se-le nos braços, e escondendo o rosto em seo hombro:

— Que opprobrio, meo pae! — exclamou com voz sumida e a soluçar. — Eu bem estava presentindo!...

— Este homem, se não é um insolente, ou está louco ou bebado, — bradava Alvaro palido de colera. — Em todo o caso deve ser enchotado como indigno desta sociedade.

Já alguns amigos de Alvaro agarrando o Martinho pelo braço, se dispunhão a pôl-o pela porta a fora, como a um ebrio ou alienado.

— De vagar meos amigos, de vagar!.. disse-lhes elle com toda a calma. — Não me condenem sem primeiro ouvirem-me. Escutem primeiro este annuncio que lhes vou ler, e se não fôr verdade o que eu digo, dou-lhes licença para me cuspirem na cara, e me atirarem da janella abaixo.

Entretanto esta pequena altercação começava a attrair a attenção geral, e numerosos grupos movidos de curiosidade se apinhavão em torno dos contendores. A frase fatal — esta senhora é uma escrava! — proferida em voz alta por Martinho, transmittida de grupo em grupo, de ouvido em ouvido, já havia circulado com incrivel celeridade por todas as salas e recantos do espaçoso edificio. Um sussurro geral se propagára por todo elle, e damas e cavalheiros, e tudo o que ali se