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rido desde a fatal noite do baile, ouçamos a conversação que teve lugar em casa de Isaura entre Alvaro e o seo amigo D.r Geraldo.
Este na mesma manhã que seguio-se á noite do baile, deixára o Recife e partira para uma villa do interior, onde tinha sido chamado a fim de encarregar-se de uma causa importante. De volta á capital no fim de um mez, um de seos primeiros cuidados foi procurar Alvaro, não só pelo impulso da amisade, como também estimulado pela curiosidade de saber do desenlace que tivéra a singular aventura do baile. Não o tendo achado em casa por duas ou tres vezes que ahi o procurou, presumio que o meio mais provavel de encontral-o seria procural-o em casa de Isaura, caso ella ainda se achasse no Recife residindo na mesma chácara; não se illudio.
Alvaro, tendo reconhecido a voz de seo amigo, que da porta do jardim perguntava por elle, sahio ao seo encontro; mas antes disso, tendo assegurado aos donos da casa que a pessoa que o procurava, era um amigo intimo, em quem depositava toda confiança, pedio-lhes licença para o fazer entrar.
Geraldo foi introduzido em uma pequena sala da frente. Posto que pouco espaçosa e mobiliada com a maior simplicidade, era esta salinha tão fresca, sombria e perfumada, tão cheia de flores desde a porta da entrada, a qual bem como as janellas estava toda entrelaçada de ramos e festões