A ESCRAVA ISAURA
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thecas. Em compensação era assiduo frequentador do Jardim Mabile, assim como de todos os cafés e theatros mais em voga, e tornára-se um dos mais afamados e elegantes leões dos boulevards. No fim de alguns annos, ora de residencia em Paris, ora de gyros recreativos pelas agoas e pelas principaes capitaes da Europa, tinha elle tão copiosa e desapiedadamente sangrado a bolsa paterna, que o commendador, a despeito de toda a sua condescendencia e ternura para com seo unico e querido filho, vio-se na necessidade de revocal-o á sombra dos patrios lares a fim de evitar uma completa ruina. Mas mesmo assim para não magoal-o colhendo-lhe subita e rudemente as redeas na carreira dos desvaríos e dissipações, assentou de attrahil-o suavemente acenando-lhe com a perspectiva de um rico e vantajosissimo casamento.

Leoncio pegou na isca e voltou á pátria um perfeito dandy, gentil e elegante como ninguem, trazendo de suas viagens em vez de conhecimentos e experiencia, enorme dose de fatuidade e petulancia, e um tão perfeito traquejo da alta sociedade, que o tomarieis por um principe. Mas o peor era, que se trazia o cerebro vazio, voltava com a alma corrompida e o coração estragado por habitos de devassidão e libertinagem. Alguns bons e generosos instinctos, de que o dotára a natureza, havião-se apagado em seo coração ao roçar de