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A ESCRAVA ISAURA

Poucos dias depois do casamento de Leoncio, o commendador, com toda a familia, inclusive os dous novos desposados, transportou-se de novo para a sua fazenda de Campos. Foi então, que o commendador entregou a seo filho toda a administração e uso-fructo daquella propriedade, com toda a escravatura e mais acessorios nella existentes, declarando-lhe que achando-se já bastante velho, enfermo e cansado queria passar tranquilamente o resto de seos dias, livre de afazeres e preoccupações, para o que bastavão-lhe com sobegidão as rendas, que para si reservava. Feita em vida esta magnifica dotação a seo filho, retirou-se para a côrte. Sua esposa porém preferio ficar em companhia do filho, o que foi muito do gosto e approvação do marido.

Malvina, que apezar da sua vaidade aristocratica tinha alma candida e boa, e um coração bem formado, não pôde deixar de conceber logo desde o principio o mais vivo interesse e terna affeição pela captiva Isaura. Era esta com effeito de indole tão bondosa e fagueira, tão docil, modesta e submissa, que apezar de sua grande belleza e incontestaveis dotes de espirito, conquistava logo ao primeiro encontro a benevolencia de todos.

Isaura tornou-se immediatamente não direi a mucama favorita, mas a fiel companheira, a amiga de Malvina, que affeita aos prazeres e passatempos