o Ribas, na frente, ia galgando a rua e batia à porta do sr. Mota, um sobradinho amarelo, de janelas de guilhotina e flores no peitoril, em latinhas de banha.

O velho Mota dormitava no canapé da salinha de visitas, com a perna estendida sob uma colcha de retalhos de chita. As palmas do médico a filha acudiu pressurosa, cuidando ter de receber a Deolinda do armarinho, que ficara de ir acompanhar o velho um bocado do dia; vendo o dr. Gervásio, ela estacou interdita, com os olhos arregalados e aconchegando com as mãos tontas a gola do paletó de chita.

— Quem procura?

Dr. Gervásio explicou-se.

— Faça o favor de entrar...

A filha fez sentar a visita e correu a fechar a porta de uma colhendo as mostras de desmazelo da casa: aqui um pé de meia caldo da cesta de costura, acolá um pano de crivo roto, pendurado de um braço de cadeira.

O velho, despertado com sobressalto, mal atinava com o que dizer.

Sim, ele conhecia o médico, e agradecia o cuidado do patrão.

A filha fez sentar a visita e correu a fechar a porta de uma alcova em desordem. Era trintona,