Noca foi ao quarto de Mário, avisá-lo que a mãe lhe queria falar.

— Você sabe pra que é? perguntou-lhe o moço.

— Desconfio; há de ser por causa da tal francesa... Parece que ainda foi outro dia que você nasceu, e já anda por aí na extravagância!

— Vai pregar a outra freguesia.

— Verdade, verdade, seu pai tem razão...

— Eu logo vi que o sermão havia de vir empurrado por papai, disse Mário com ironia, dando o último retoque à toilette. Nisso abriram a porta, ele voltou-se; era a mãe.

Noca deu uma volta pelo quarto, puxou as cobertas da cama até os travesseiros, sacudiu com a toalha o estofo da poltrona, escancarou a janela e saiu, deixando uma ponta de ordem no desalinho do quarto.

— Eu ia subir; Noca veio chamar-me agora mesmo.