Meia hora depois estavam todos à mesa, e ainda a mulata procurava com ânsia a folhinha fatídica.

Mário atravessou o jardim; ela sentiu-lhe os passos e voltando-se chamou-o.

— Uê! porque não foi almoçar?!

— Preciso ir já para a cidade. Diga isso mesmo a mamãe...

— Não foi se despedir dela?

— Não... já nos falamos... diga isso mesmo.

— Hum!... você hoje não tem boa cara!... Lá dentro não está ninguém de fora: pode ir. E sua mãe...

— Cantigas. Adeus.

— Não. Olhe, Mário, lembre-se do que lhe diz esta mulata: - Sua felicidade está aqui... As estrangeiras só gostam de dinheiro...

— Adeusinho!

— Adeus, meu filho...

A mulata foi até o gradil, para olhar ainda para o moço que ela ajudara a criar desde o primeiro dia.

Como ele é bonito! pensava ela: as mulheres têm razão de o preferir a todos!... D. Nina não merece aquilo; mas, enfim, antes ela do que a tal sanguessuga... Este mundo é assim mesmo, a gente gosta de quem não