Numa manhã límpida, cor de safira, Camila e Ruth entraram com Teodoro e o dr. Gervásio na lancha - Aurora - em demanda do Netuno.

O sol cobria com uma rede de ouro movediça a superfície das águas; fazia calor.

As senhoras ajeitaram os folhos das suas saias de linho no banco da ré, e abriram as sombrinhas claras.

— Sempre gostaria que me provassem a serventia desses chapéus de sol. Não resguardam nada. São objetos inúteis. Eu se fosse mulher nunca me sujeitaria a modas, disse Teodoro.

— Faria mal. Quanto aos chapéus, acho-os bonitos; são muito decorativos. Veja como a cor de rosa da sombrinha de Ruth, e a creme de D. Mila se harmonizam neste fundo azul. Digam o que quiserem; para mim a intuição da arte está na mulher, retrucou Gervásio.

— Pode ser. Eu só gosto do que é positivo e prático. Enfim,