eleitora? perguntou Francisco Teodoro à irmã do Rino, com um sorrizinho de mofa.

— Eu? Deus me livre! Tomara que me deixem em paz no meu cantinho, com as minhas roseiras e os meus animais. Nunca falo por mim, sr. Teodoro. Eu nasci para mulher.

— Então, pelas outras?

— Pelas outras que tenham atividade e coragem.

E a casa, minha senhora? e os filhos? A este argumento é que ninguém responde!

— É velho.

— Mas é bom, prova que a mulher nasce com o fim de criar filhos e amar com obediência e fidelidade a um só homem, o marido. Que diz também a isto o nosso doutor?

— Que ela talvez tivesse nascido com essas intenções, como o senhor disse, mas que as torceu depois de certa idade. Não seria sem causa que Francisco I disse:

Souvent femme varie.

Francisco Teodoro não entendeu, mas sorriu.

O médico dizia aquilo para Camila, que lhe evitara o olhar agudo, percebendo-lhe a perfídia.

— Isto é que se chama falar para não dizer nada... observou alguém.