fosse o primeiro a falar e a agir, naquela torturante passividade de escrava, a que o seu amor a lançara.
Ele falou. Disse ter surpreendido a doçura de um amor nascente; que não se espantava da vitória do Rino. Achava que se devia despedir; que a via bem entregue...
Camila compreendeu tudo, de relance; as lágrimas subiram-lhe aos olhos, sem que ela, pudesse responder à brutalidade da ofensa. O rosto tingiu-se-lhe de vermelho, numa onda de vergonha que a sufocava; vendo-a calada, ele insistiu baixinho, teimosamente, irritantemente, espaçando as palavras, extravasando todo o ciúme contido durante as horas de bordo.
Ela murmurou então, vexada, por entre dentes:
— Eu não gosto do Rino... eu não gosto...
E para que falar assim, na rua? É uma imprudência...
— Não tive tempo de escolher lugar. Isso é bom para os calmos. Depois, vendo-me ameaçado de abandono, apresso-me em despedir-me. Isto tinha de ser já.
— Como os homens são orgulhosos e injustos!
— Serão. E as mulheres? volúveis!
— Quase sempre a mulher ainda ama e