na área do fundo, e que na queda das pás desprendia um pó sutil e um cheiro violento.

Fora, chicotadas cortavam o ar com estalidos, e pragas rompiam alto, no som confuso, em que vozes humanas e rodas de veículos se amalgamavam com o estrupido das patas dos animais.

Alguns carregadores exaustos paravam um pouco, limpando o suor, mas corriam logo, chamados pelos olhos de seu Joaquim, que ia e vinha, muito trêfego, sungando as calças que lhe escorregavam pelos quadris magros.

— Aviem-se! aviem-se! temos hoje muito que fazer!

Era o seu estribilho.

E havia sempre muito que fazer naquela casa, uma das mais graúdas no comércio de café. Dir-se-ia que o dinheiro aprendera sozinho o caminho dos seus cofres, correndo para eles sem interrupção.

Ao lado do armazém e comunicando com ele por uma portinha estreita, havia à esquerda o corredor e a escada, que levava ao escritório, acima, no primeiro andar.

Em uma sala ampla, quadrada, de madeiras velhas e papel barato, o Senra, guarda-livros, escrevia em pé, junto à escrivaninha colocado