quem tocasse dificuldades ao piano, ou cantasse algum romance italiano.

Francisco Teodoro, jubiloso e amável, instava para que comessem, para que bebessem. Não se esquecia de ninguém, punha mancheias de balas nos regaços das crianças, ordenava que se abrisse champagne, conduzia as senhoras idosas ao bufet recomendando à Noca que distribuísse pela criadagem vinhos e doces.

Eram festas pantagruélicas, em que o riso se comunicava mais pelo barulho que pela intenção.

Camila dançava, roçando os seus maravilhosos braços nus pelas mangas dos comendadores ou dos empregados do marido.

A mesa os brindes sucediam-se atropeladamente. Para o fim, havia sempre uma voz alta, pausada, que se erguia a vitoria do trabalho honrado e puro, e essa voz lembrava os maus dias de Francisco Teodoro, a sua pobreza, a, sua energia e o seu triunfo.

O dono da casa respondia com palavras trêmulas e olhos umedecidos. Tilintavam as taças e a música vibrava com força na sala. Voltavam para as danças. Como Ruth não dançasse, o pai chamava-a de minha estudiosa gabando-a aos convidados, que olhavam um