— Sim, mas o pai é que não se resigna a isso.
Paquita esboçou um sorriso que não foi notado. A baronesa continuou:
— Já recebeu convite para o nosso baile?
— Já...
— Esperamos que seja Mário quem nos marque o cotillon. Papai gosta muito do Mário.
O pai da baronesa e da Paquita era um velho português, antigo cavouqueiro, que boas auras de fortuna tinham tornado capitalista. Toda a cidade conhecia as suas anedotas e simplicidades. Demais, ele gabava-se dos seus princípios rudes e pesados.
— Nós também preparamos um baile; somente a data é ainda incerta, disse Camila.
— Já se fala nisso.
A baronesa conversava com volubilidade, mal tocando nos assuntos. Falou muito e falaria ainda mais se a Paquita não a interrompesse de repente com uma frase seca:
— Vamo-nos embora.
— Sim, vamo-nos embora.
Quando elas se despediram, com a promessa de que Ruth tocaria no concerto, Camila ficou com as mãos cheias de bilhetes para a matinée.
A baronesa, no meio da vidrilhada do