gostou muito de uma gravata que viu numa vitrina. Eu perguntei-lhe: - mas por que é que você não compra esta gravata? E ela sorriu. Depois, passamos numa confeitaria e ela manifestou vontade de tomar um sorvete. Eu estava com tosse, não podia tomar gelo, mas perguntei: - por que é que você não toma um sorvete? E ela foi andando. No bonde quando voltamos, o condutor vendo que ela era mais velha pediu-lhe as passagens. Nina ficou que nem uma pitanga e indicou-me com um gesto... Foi então que eu percebi que desde que uma pessoa põe vestido comprido, precisa de usar uma carteirinha no bolso...

— Queres então dar-lhe uma carteira?

— Não. Eu dou o chapéu; a carteira deve ser dada ou por papai ou por mamãe.

— Está dito. Vamos a ver agora se nos dão almoço.

Já toda a família os esperava na sala de jantar. O dr. Gervásio faltara, por isso o Mário se dignara de aparecer.

Foi logo no princípio do almoço que Francisco Teodoro, voltando-se para a sobrinha, declarou:

— Nina, como eu não entendo de modas, o presente que escolhi hoje para você foi