Arreda dali aquele saco, João!

— Coitado do Mota...

O gerente já não o ouvia: determinava serviços.

Chegando ao escritório, Francisco Teodoro tratou de remeter dinheiro ao Mota e informar-se do seu estado. O portador voltou depressa. O velho tivera uma síncope mas estava melhor.

— Coitado do Mota, murmurou Teodoro, consultando o relógio, morto pelas duas horas. E às duas horas correu ao escritório do Inocêncio.

Em cima um empregado informou-o de que o Sr. Inocêncio partira nessa manhã para Petrópolis, a negócio urgente. Deixara dito que na volta iria procurá-lo.

Francisco Teodoro não conteve um movimento de raiva, e saiu tonto, sem cumprimentar ninguém.

O ruído, o trabalho, o movimento alegre da rua fizeram-no sentir mais o seu cansaço moral. Ia cabisbaixo, quando encontrou o Negreiros; deteve-lhe os passos e, quase sem explicação, perguntou-lhe:

— Diga-me cá: que opinião faz você do Inocêncio Braga?