Pouco a pouco a casa adormecia, até que se encheu toda do pesado silêncio do sono.
À uma hora Francisco Teodoro levantou-se muito pálido, persignou-se e rezou, ali mesmo, entre o lampejar das molduras e o ar atrevido do cavalheiro de bronze. Finda a oração, caminhou resolutamente para a sua secretária. A bulha dos seus passos firmes abafou um sussurro leve de saias que deslizavam pela escada abaixo.
Francisco Teodoro tirou da gaveta o seu revólver, olhou-o um instante e encostava-o no ouvido quando a mulher apareceu na porta, muda de terror, estendendo-lhe as mãos. Ele cerrou logo os olhos à tentação da vida e apressou o tiro.
E toda a casa acordou aos gritos de Camila que, com os braços no ar, clamava porsocorro.