para as mãos com medo; não compreendeu bem o motivo por que continuava ali e levantou-se com esforço, para se ir embora. O seu destino estava escrito: via todo o futuro tapado pelo corpo pequenino do neto.
Gervásio, pondo-lhe as mãos nos ombros, fe-la sentar-se outra vez, com brandura.
— Para quê? perguntou-lhe ela, quase chorando.
— Para te dizer tudo: eu sou casado.
Camila abafou um grito, tapando a boca com a mão.
Ele dissera aquilo num desabafo, na ânsia do golpe inevitável, com uma voz cortante como a de um machado lanhando um tronco verde. Roto o segredo, apiedou-se logo e falou com humildade, muito chegado a ela. Também pensara nisso, ela, também a quereria fazer sua aos olhos de toda a gente, mas estava preso a outra mulher, até que a morte...
— A morte! suspirou Camila.
E ele continuou, muito comovido:
— Viste-a uma vez. lembras-te? era aquela mulher de luto que encontramos na volta do Netuno. Achaste-a bonita... percebeste a nossa impressão e tiveste ciúmes... Eu não queria que soubesse... mas agora a explicação