mesma casa do Jardim Botânico, bem instalado, mas muito metido consigo.
Uma noite alguém lhe batera à porta com desespero: era Francisco Teodoro, que o chamava como o médico mais próximo, para ver uma filha que ardia em febre. Tinham ido provisoriamente para a sua vizinhança, mudando o Mário, que tivera a palustre. O médico não clinicava, mas cedeu à súplica e salvou Ruth de um tifo. A doença fora longa; a menina só aceitava remédios e alimento pela mão do seu amiguinho, que tratou também de fortalecer Mário.
Camila dizia então em êxtase, ao marido:
— Devemos ao dr. Gervásio a vida de nossos filhos! A entrada fora vitoriosa; justificava o ascendente do médico na família... Nem fora no começo, que ele amara a Camila. Nesse tempo ela não sabia ataviar-se, nem fazer sentir a sua formosura. Tinha os modos de uma boa mãe tranqüila, muito banal, com discursos longos e choradeiras sobre a morte muito recente de uma filhinha, que a tornavam fastidiosa. As gêmeas, então de meses, andavam sempre pendentes do paletó branco da mãe. Gervásio odiava aqueles casacos e aquelas queixumeiras insípidas. Mas esse tempo de prostração foi passando, e ela ascendeu