oceano, que guardaram consigo o segredo da tremenda jura.
Alguns minutos depois um leve barquinho sulcava tranquilamente as ondas do mar sereno e silencioso, banhado pelos esplendores de um magnífico luar. Dentro via-se uma única pessoa. Era uma esbelta e gentil donzela vestida de branco, e tendo na cabeça uma grinalda de flores de laranjeira! Dirigia o batel com admirável destreza e segurança, e demandava o rumo da ilha maldita. Um ou outro, que na aldeia acaso ainda velava contemplando o céu e a lua a resvalar seus plácidos fulgores pela imensa superfície dos mares, ao avistar aquela velinha solitária sulcando os mares a tais desoras, fechou bruscamente a janela, e recolheu-se benzendo-se e murmurando:
— Cruzes! Credo…! Lá vai a bruxa dos mares para sua ilha amaldiçoada…! Pobre marido, em que mãos caíste…!
O barquinho, que rapidamente se fazia ao largo, em breve tempo sumiu-se ao longe no horizonte entre o marulho dos escarcéus, que fervem de contínuo, rebentando nas penedias que circundam a ilha.
A misteriosa barqueira, porém, que parecia familiarizada com todos os perigos daquelas temerosas paragens, continuava imperturbável e