capricho de transformar-nos o capítulo.
Como já sabemos, o centro da ilha era um tanque de forma oval, espaçoso e límpido, espelhando no regaço sempre bonançoso o puro azul do céu, doca imensa aberta pela natureza, mas vedada aos homens e cheia de encantos e mistérios. As ondas, que entravam aos borbotões com alguma violência pelo estreito canal oblíquo e curvo como a boca de um caramujo, quebrando inteiramente o seu furor, iam expandir-se livremente no seio da espaçosa baía desenrolando-se em círculos concêntricos, que, em suaves ondulações, iam beijar as alvas praias alcatifadas de fina e luzente areia.
Em volta dessa arenosa e branca zona, na qual, como brilhante safira em um anel de prata se engastava o lago azul, elevavam-se por todos os lados as mais risonhas e encantadoras perspectivas. Eram vicejantes colinas, ou antes uma só colina circular, cujas encostas de suave declive começando nas margens do sereno golfo iam-se elevando em vasto e gracioso anfiteatro. Estendiam-se essas encostas em caprichosas ondulações cortadas aqui e acolá por grotas cobertas de frondentes balsas, por entre as quais saltitavam murmurando na sombra regatos de frescas e cristalinas águas. Ali um laranjal toucado de frutos e flores odoríferas, acolá coqueiros