saberem o resultado da tentativa do segundo irmão. Neste dia, porém, ainda maior era a afluência de povo. Quase toda a aldeia, homens e mulheres, velhos e crianças, vagueavam dispersos pelas praias não consultando os ventos e a maré, ou tratando de lançar ou colher suas redes, não calafetando os barcos ou consertando as velas rotas pelo tufão, mas em uma extrema e curiosa preocupação de espírito, com os olhos pregados no horizonte e na desastrada ilha, que lá se desenhava ao longe com seu torvo cinto de rochedos circundados de alvejante espuma.
Era já quase meio-dia, o céu estava limpo e diáfano; o mar sereno e inundado até as extremas do horizonte da mais intensa e radiante luz, e nem uma vela nem um barco no oceano que fizesse suspeitar a volta de qualquer dos dois irmãos.
— É tempo de soltar meu barco! — exclamou Ricardo dirigindo-se ao barco, que arfava ali perto amarrado à praia. — Vou procurar meus irmãos. Adeus, meus amigos…! Até amanhã, ou até nunca mais!
Era Ricardo tão gentil e bem disposto como qualquer de seus irmãos, mas a natureza tinha lhe espargido nas feições e na expressão do semblante uns toques mais suaves e delicados, um não sei quê de feminil e gracioso nas formas do