podia julgar pela distância, pareceu-lhe uma gentil donzela no viço dos anos e de incomparável formosura.
— É ela! — refletiu o mancebo. — É a fada da ilha encantada…! Será de fato Regina, a misteriosa sereia que aqui mora…? Será essa mulher fatal que precipitou a mim e a meus irmãos na carreira do crime e no abismo do mais tenebroso infortúnio…? Eh! Se for…! Mas… seja embora…! Que me importa…?! Seja quem for: Regina, fada, sereia ou o próprio satanás…! Quero vê-la, quero falar-lhe de perto, perguntar-lhe por meus irmãos, pedir-lhe conta deles, de nosso futuro para sempre anuviado por suas malditas e execráveis mãos, ou vingá-los se os sacrificou ao seu furor…
Nisto tirou o sombreiro e agitou-o vivamente nos ares gritando com força:
— Regina…! Regina…!
A donzela, que atentamente o observava, correspondeu a seus gestos, e com expressiva mímica deu a entender ao moço que estava ansiosa por dar-lhe entrada em sua ilha, e com acenos apropriados indicou-lhe, como já fizera a seus irmãos, a derrota que devia seguir para achar a entrada da mesma. Ricardo compreendeu; amainou a vela, e deixou que as ondas o afastassem das proximidades da penedia. Depois que se achou suficientemente