— Não estás ouvindo, meu filho? — começou o velho pescador. — Como estão alegremente repicando os sinos da capela…? É que amanhã é dia santo, dia de Nossa Senhora do Amparo, que nos defenda do canto da sereia e de todos os malefícios diabólicos.
Em eras que já vão longe corria uma tarde serena e formosa como esta, e ali mesmo na nossa aldeia aqueles mesmos sinos repicavam, foguetes subiam ao ar, e o povo acudia de roldão a capela como para assistir a uma grande festa. Entretanto o que ali se dava não passava de um simples casamento.
Quem visse esse extraordinário alvoroço e afluência de povo, pensaria que os noivos eram alguns fidalgos ou magnatas, filhos de gente opulenta, que iam celebrar as bodas com grandes aparatos e vistos os festejos.