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— E para quê, Regina? — respondeu o moço com surpresa. — Que tenho eu mais que fazer nesse mundo que odeio…? Meus irmãos já não existem, hoje só tu me restas no universo, e para mim tu vales mais que o universo inteiro.

— Vai, meu amigo, vai primeiro dizer adeus a…

— A quem? — interrompeu Ricardo com impaciência.

— A essa terra onde viveste…

— Daqui mesmo lhe direi adeus eterno…

— Ricardo, mando-te que voltes.

— Mandas…! Obedeço, mas não voltarei mais.

— Oh! Ricardo! Ricardo — exclamou a moça com voz suplicante —, vai-te, vai-te, por piedade…!

— Há pouco me mandavas, agora me suplicas…?! Que quer isto dizer, Regina…? corro algum perigo?

— Não sei… talvez…— balbuciou a moça. — Mas em nome de nosso amor, eu te peço, vai-te, por hoje.

— Ah! Regina! Regina…! Se acaso algum embuste… dize-me, não estás sozinha nesta ilha…?

A estas imprudentes palavras do mancebo, Regina sentiu fermentar-lhe de novo no coração