mas desconsoladora como um eco das campas. Imóvel, desvairado e sem saber onde estava, como quem acorda de um sonho extravagante, o moço ali ficou longo tempo a cismar sem saber para onde dirigir-se. Depois de achar-se por alguns instantes de posse do supremo bem, via-o de chofre, e como por encanto, escoar-se-lhe das mãos e deixá-lo na mais absoluta e desconsolada solidão. Julgando-se vítima de um cruel escárnio, abatido e furioso de cólera e despeito, procurou encaminhar-se para as margens do golfo, e orientando-se a muito custo, pôde chegar à praia no ponto em que havia desembarcado e deixara amarrado o seu barco.
Aí parou a cismar ainda, entregue a mais cruel perplexidade. Mandava a razão e a prudência que se partisse dali, mas o coração estava preso por laços misteriosos àquelas praias, onde há pouco ouvira em delicioso transporte os mais ardentes protestos de amor, e onde namorada fantasia lhe desenhava no futuro um painel cheio de encantadoras esperanças. Mas o sol já tocava ao ocaso, e o que ficaria ele fazendo naquela ilha solitária, exposto a ser vítima dos embustes e ciladas dessa misteriosa e pérfida mulher, em que nenhuma confiança podia ainda ter…? Demais, já conhecia o caminho por onde se podia entrar