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parece que tinham um faro tão apurado como os melhores cães de caça.

Uma chusma deles investiu de repente em altos gritos contra o montículo, em que se achavam refugiados os paulistas. Estes compreenderam logo, que estavam descobertos, e que para eles não havia mais salvação possível. Desceram pois das árvores, rezaram e encomendaram suas almas a Deus, e indignados de morrer às garras daqueles entes abjetos e imundos, fizeram propósito de ceifar antes de sucumbir o maior número deles que pudessem. Os tatus brancos eram de mui pequena estatura, quase anões, mas ágeis e robustos. Suas armas eram seus próprios dentes e unhas que as tinham curvas e agudas como os carnívoros, ou paus brutos que quebravam pelo mato, e as pedras que encontravam pelo chão.

Um montão deles ficaram logo espichados por terra aos golpes desesperados dos paulistas, que às vezes de um só gilvaz de suas catanas faziam morder o chão a dois e três. Mas não puderam resistir por muito tempo ao número infinitamente superior de seus agressores.

A maior parte sucumbiram na luta; alguns porém foram garroteados e amarrados pela turba cada vez mais apinhada dos tatus brancos, e entre esses Gaspar.