A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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D. Menda, que eu nem sei se realmente existiu. Tem seu chic, hein?... E tu comprehendes, como eu desejo tentar a Politica, preciso primeiramente apparecer, espalhar o meu nome...

Gracinha sorria docemente para o irmão, no costumado enlevo:

— E agora tens alguma idéa? A tia Arminda lá continua sempre com a teima que devias entrar na Diplomacia. Ainda ha dias... «Ai, o Gonçalinho, assim galante, e com aquelle nome, só n’uma grande embaixada!»

Gonçalo despegára lentamente do vasto camapé, reabotoando o jaquetão claro:

— Com effeito ando com uma idéa, ha dias... Talvez me viesse d’um romance inglez, muito interessante, e que te recommendo, sobre as antigas Minas de Ophir, King Salomon’s Mines... Ando com idéas de ir para a Africa.

— Oh Gonçalo, credo! Para a Africa?

O escudeiro entrára com duas garrafas de agua de Vidago, ambas desarrolhadas, n’uma salva. Precipitadamente, para aproveitar o «piquesinho», Gonçalo encheu um copo enorme de crystal lavrado. Ah! que delicia d’agua! — E como o Barrôlo voltava, annunciando que cumprira as ordens de S. Ex. a:

— Bem! então logo conversamos ao almoço, Gracinha! Agora lavar, mudar de roupa, que não paro com estas infames comichões...