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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

que jantava ás quatro e soffria do estomago, despegou desconsoladamente dos Arcos, supplicando ao Pestana seu visinho «que apparecesse ao café, para contar o resto...» Mello Alboim, esse, enfiára para casa, defronte do Governo Civil, na esquina do Largo: e da janella, disfarçado por traz da mulher e da cunhada, ambas de chambres brancos e de papelotes, sondava o gabinete de S. Ex. acom um binoculo. Por fim bateram, com estendida pancada, as quatro horas. Então o Barão das Marges, na sua impaciencia borbulhante, decidiu subir ao Governo Civil, «para farejar!...»

Mas n’esse momento André Cavalleiro assomava de novo á varanda — sózinho, com as mãos enterradas no jaquetão de flanella azul. E quasi immediatamente a caleche da Torre largou da porta do Governo Civil, atravessou a Praça, com os stores verdes meio corridos, descobrindo apenas, áquelles cavalheiros avidos, as calças claras do Fidalgo.

— Vae para os Cunhaes!

Lá o apanhava pois o Barrôlo! E todos apressaram o bom Barrôlo a que montasse, recolhesse, para ouvir do cunhado os motivos e os lances d’aquella paz historica! O Barão das Marges até lhe segurou o estribo. Barrôlo, alvoroçadamente, trotou para o Largo d’El-Rei.