Quaisquer, porém, que sejam as divergências admissíveis quanto à maneira de ver daquela nação extraordinária a respeito de problemas internacionais, não vejo, no tocante à política interior, isto é, no tocante às instituições que não são comuns, não vejo, torno a dizer, como uma República americana possa olhar com desdém a superioridade republicana da maior, da mais robusta, da mais vivaz das Repúblicas modernas. Os Estados Unidos não são o país do dollar e do bluff, a terra da vaidade e da megalomania, que alguns observadores hábeis e interessantes, mas apressados e superficiais, nos têm pintado.
Não há nenhuma democracia de mais vida, nenhuma Constituição mais admirável, nenhuma opinião pública mais realmente soberana que as daquela maravilhosa nacionalidade, cuja vocação evidente no plano de evolução cristã do gênero humano lhe assegura destinos análogos, em poder e esplendor, em utilidade e grandeza, aos dois maiores impérios civilizadores que o globo tem visto, desde o de Roma até o da Grã- Bretanha, desde o que deu ao mundo os códigos eternos do direito privado até ao que o dotou com as instituições hoje universais, da liberdade e do sistema representativo.
Aquela nação, entretanto, senhores, tem experimentado a corrupção política numa escala tal, que só a intensidade sem par das energias poderia comportar sem arruinamento ou degenerescência das qualidades essenciais.
Mas, senhores, o que sobressai nos Estados Unidos, não é a extensão das aberrações o