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e de razões economicas, ser esse traçado, sobre dispendioso, irracional.

E cumpre advertir que estes argumentos ouvira-os elle ao proprio conselheiro, quando este os allegava para vêr se conseguia demovel-o do empenho que mostrava em que o traçado em questão fôsse preferido aos outros. Tal era o estado das coisas publicas na terra no dia em que principiaram os primeiros trabalhos de campo.

Tinham-se passado alguns dias depois da prisão do Herodes.

A aldeia vira-se invadida por um bando de sêres desconhecidos, que vieram alterar a perenne serenidade de animo de uma população habituada a considerar como occorrencias de maximo interesse a reforma dos muros ou das cancellas de qualquer proprietario da localidade.

A cohorte de engenheiros, conductores, apontadores, cantoneiros e mais operarios vinha, com seus habitos e costumes novos, fazer tantas ou maiores mudanças na vida moral da aldeia do que nas condições physicas d’ella as bandeirolas, os niveladores, as enxadas, as pás, alviões, picaretas, carros de mão e padiolas, de que era armada essa cohorte.

Por isso corria uma verdadeira romagem para o logar onde com a maior actividade tinham começado os trabalhos. Era como já dissemos, na casa do herbanario. Pela demolição d’ella, e do quintal que a rodeava, principiaram as obras.

O velho Vicente assignára dias antes o auto de expropriação e recebera o preço da venda, estipulado, o qual, por influencia do conselheiro, não lhe foi muito regateado.

Elle, porém, o desconsolado velho, recebeu-o comovido. Por as arvores nada quiz; não podia resignar-se a vendel-as. Podia vêl-as cair, como amigos sacrificados no cadafalso, mas mercadejar-lhes com os restos, isso não.