Ângelo chegou a Monteli, acompanhado por Ozéas, às sete da manhã.

Veio recebê-lo à porta da casa uma velha chamada Salomé, antiga criada que fora do falecido pároco do lugar.

— Então? então, meu filho?... perguntou-lhe o egresso. Que em ti significa tamanha tristeza?... Pareces-me um vil criminoso sobrecarregado de remorsos!. . . Vamos! Não te convém esse aspecto! Dize-me com franqueza o que sentes. . .

— Nada! Nada, meu pai! São íntimas tristezas sem razão de ser!. . . são desgostos só meus, que só eu mesmo compreendo! . . . A viagem fatigou-me. Preciso repousar... Bem sabe que ainda não estou bom de todo . . .

— Pois sim, recolhe-te! Ali está o teu quarto. Já mandei pôr lá a imagem da Virgem. Eu ficarei aqui. Até breve.

— Até breve, meu pai.

E Ângelo, arrastando a sua melancolia, entrou no pequeno aposento que lhe era destinado.