que acabava de aparecer à janela, metendo a cabeça para dentro da sala.
— O senhor vigário deixa-me entrar por aqui?. . . exclamou ele.
— Quem é?
— Sou eu, senhor vigário. A tia Salomé, de má, fechou-me a porta! O senhor vigário consente que eu entre?. . .
— Sim.
Robino saltou a janela e foi ter com o padre, que continuava entregue à sua profunda meditação.
— Boa noite, senhor vigário, disse ele. A tia Salomé não tinha razão para me fechar hoje a porta! . . . Eu não estive na taberna do Bruxo!. . . Eu fui ver o enterro da tal moça de Paris, que estava na avenida de Blancs-Manteaux . . .
— Hein?! Que dizes tu?! exclamou o pároco, voltando-se para ele com súbito interesse.
— É verdade, senhor vigário, que lindo enterro! Parecia uma procissão!. . .
— De quem era o tal enterro?. . .
— Da tal moça que veio doente para o castelo de Aurbiny. . . Ia na frente um carro com o caixão, todo enfeitado de plumas pretas e amarelas, depois. . .
Ângelo interrompeu-o:
— Estás dizendo a verdade?. . .
— Pois se venho agora mesmo de lá, a correr,