O sonho continuou.

Ângelo, ao lado de sua fantástica companheira, deixou-se arrebatar na vertigem de um galope tão lesto, que lhe dava a sensação de um vôo contínuo e rápido.

A floresta fugia em torno deles como duas faixas de treva compacta, que se rasgava de vez em quando ao súbito bruxulear dos relâmpagos.

Depois sentiram-se dentro de uma estreita e profunda galeria toda de pedra, onde o tropel das patas dos cavalos ressoava como um frenético martelar de ferreiros infernais. E afinal acharam-se defronte de um estranho palácio erguido em abóbada, cujo átrio solenemente se abria em arcadas, iluminado por um sinistro luar fosforescente.

Os animais estacaram desalentados, soprando forte pela boca e pelas ventas.

— Apeemo-nos, disse Alzira, dando um salto em terra.

O companheiro imitou-a.