à napolitana e estendidos por terra, fumavam em volta de um grande cachimbo arábico, e bebiam vinho cor de topázio, que uma bela rapariga de colo nu lhes derramava nos copos de ouro.

Sobre o cais que dominava a baía, um casal deitado, de peito para o ar, contemplava a lua, ambos quase adormecidos, com a cabeça pousada nos braços um do outro.

Cantavam a meia voz em tom de barcarola:

Tem a vida mil

encantos,

Quando a gente sabe

amar...

Os gozos são tantos,

quantos

Murmúrios há no mar...

Deixa-me a boca

Tua beijar!

A vida é pouca

Para te amar!.. .

Ângelo parara à entrada com Alzira.

— Que bela cousa é o prazer!... disse um dos cavalheiros que ceavam.

E acrescentou, abraçando preguiçosamente as duas damas que tinha ao seu lado:

— E pensar que há por esse mundo gente que fala em tristezas!.. . As mulheres, as flores, a música, o jogo, o vinho e os bons manjares, eis o nosso elemento da vida!. . .

E tomando as mãos da sua vizinha da direita:

— Não é verdade, minha bela, que o prazer é a melhor cousa da vi