— Alzira...
— Sim. . . confirmou o pároco, meneando lentamente a cabeça. Sim. . . Alzira. . . Soube logo que esse era o seu nome, em volta de mim na igreja todos o repetiam quando ela me fitava da tribuna. . .
— Eu notei. E depois!...
— Só a tornei a ver naquela noite em que deixei Paris. . . E no dia em que ela veio procurar-me aqui.
— Sei. Adiante.
— Sua imagem, porém, nunca mais me saiu da memória, até que, uma noite, sonhei que vinham buscar-me para socorrer um moribundo. ..
— Não foi sonho, foi a realidade. . .
— A realidade?!... exclamou Ângelo, com os olhos pasmados. Então é real que a estreitei nos meus braços?. . . Então é real que a ressuscitei com os meus beijos?! . . .
— Isso é que já foi sonho, ou melhor, delírio!
— Meu Deus! onde começa o sonho?... onde termina a realidade?. . . Alzira teria com efeito vindo buscar-me no dia seguinte ao seu enterro?.. . (Ozéas redobrou de atenção). Eu ter-me-ia transformado em um cavalheiro e ela em formosa dama? Teríamos saído por aí afora, montados em fogosos cavalos, que nos levaram a mundos desconhecidos para mim?. . . Teria eu percorrido com ela todas essas paragens