chegaram a um cemitério, que já não pertencia a Monteli e sim a Blancs-Manteaux.
— É aqui, meu filho. .. disse o velho, parando, extenuado de fadiga.
Ângelo nada respondeu. Encostou-se ao sinistro moro da casa dos mortos e respirou descansando.
— O que viemos aqui fazer. . . perguntou depois.
— Entremos... deliberou o outro, procurando o lado mais baixo do muro para galgá-lo.
E penetraram no cemitério.
Era um bem triste lugar aquele, com a sua dura simetria de túmulos enfileirados, branquejando ao luar. Canteiros de flores, mais fúnebres que as sepulturas, pareciam dizer na muda linguagem das perpétuas e das margaridas, todo o segredo das dores e das saudades, que ali gemeram junto aos que fugiram para debaixo da terra.
Mas agora, nem o eco de um soluço, nem a cintilação de uma lágrima!. . .
Mudo esquecimento e paz absoluta! A lágrima nasceu líquida para secar depressa, e o soluço não tem asas para acompanhar a memória dos que morrem!
Ozéas e Ângelo puseram-se a andar vagarosamente por entre os mausoléus, até chegarem ao campo raso dos mortos anônimos, para os quais só há uma cruz de ferro, com um simples