casa, ela procederia muito mal, trocando sua companhia pela de um rival.
Enquanto as horas do dia se escoavam, estas e outras razoes disputavam no espírito da moça a decisão que ela devia tomar. Afinal interveio o coração.
— Tenho pena dele!
E às oito horas estava em casa de D. Clementina. Nessa noite a moça, cujo espírito jovial simpatizava com as cores frescas e risonhas, escolheu um vestuário sombrio. Era uma faceirice melancólica. Aquela menina de 18 anos, que na véspera, muito espontaneamente se prometera a um homem elegante de seu gosto e escolha, afigurava-se agora uma vítima do dever, sacrificando-se heroicamente ao compromisso contraído.
Essa convicção dominava Amélia ao entrar na sala, e ressumbrava não só nas fitas pretas de seu traje, como na languida flexão da fronte e no olhar cheio de mágoas. Ela se julgava sinceramente coagida por uma força irresistível, que a arrancava a um amor profundo e santo, como a flor que o vento arrebata ao tronco onde se enlaçara.
Leopoldo compreendeu a melancolia de Amélia,