chegada do noivo. Um carro parou à porta; e momentos depois soaram na sala de visitas os passos de alguém.
Era Horácio.
Vendo a moça na saleta próxima, o leão dirigiu-se a ela, com a familiaridade a que lhe dava direito seu título de noivo. Trocados os cumprimentos usuais, sentou-se junto ao bastidor.
— O que está bordando?
Amélia fez um gesto para cobrir o bordado:
— Deixe ver! insistiu o moço.
— Não vale a pena!
— Ah!
Esta exclamação desfez-se nos lábios do mancebo em um sorriso de júbilo.
— É um presente de anos para uma amiga! disse Amélia.
— Não são para a senhora?
— Não, respondeu a moça admirada.
— Está zombando comigo!
— Veja!
A unha de nácar da moça mostrou o L bordado a ouro.
— Pois há quem-tenha este pezinho mimoso, a não ser minha noiva? disse Horácio rindo-se.