de sua sorte. A moça lhe permitiria falar-lhe.
Era noite fechada; o céu, carregado de nuvens, anunciava próxima borrasca. A frente da casa do negociante estava às escuras; contudo quem observasse bem, perceberia a coar-se pelos interstícios das janelas um tênue reflexo de luz interior. No portão da chácara a meio cerrado, ninguém aparecia.
O leão penetrou no jardim. Nesse momento um carro parou à porta da casa: três pessoas saíram dele. Em um Horácio viu, estremecendo, roupas de sacerdote. Só então refletiu o moço no aspecto soturno do edifício. Inquieto, sobressaltado, adiantou-se pelo jardim na esperança de encontrar pessoa a quem interrogasse.
As janelas laterais estavam esclarecidas; e pelo jogo das sombras no quadro iluminado, conheceu o moço que reinava no interior alguma agitação.
Que fazer? Apresentar-se na casa, depois do que passara, e antes de qualquer explicação. não era razoável.
A dois passos ficava uma frondosa mangueira, em cujos galhos tinham fabricado uma espécie