brica de seus versos o atticismo, a ispiração e a graça com que o nosso leão torneava no baile um galanteio, ou aguçava um epigramma.
Pintores são festejados, que não sabem o segredo dos toques delicados, e do supremo gôsto, que Horacio imprimia no laço de sua gravata, em suas maneiras distinctas, nos minimos accidentes de seu trajo apurado.
E a phisiologia?
Poucos homens conheciam como Horacio o coração da mulher; porque bem raros o teriam estudado com tanta assiduidade. O mais sabio professor ficaria estupefacto da lucidez admiravel, com que o leão costumava lêr nesse cahos da paixão, que a anatomia chamou coração de mulher.
A razão é simples. O professor estudou no gabinete; consultou as obras dos mestres, colligiu observações alheias, e arranjou um systhema sobre o que não soffre regras; sobre a paixão cuja essencia é o imprevisto, o anomalo, o indefinivel.
Ao contrario, Horacio tinha estudado na realidade da vida; devassára os refolhos do polypo; lhe sentira as pulsações; e fizera experiencias in