contro pela manhã e aos enlevos que lhe deixara a contemplação da linda moça. Passava e repassava em sua memoria como em um cadinho, todas as circumstancias minimas deste grande e importante acontecimento, desde o momento em que assomou a visão até que desappareceu por ultimo ao dobrar o canto da rua.
Achava nisso o mesmo praser que um menino guloso experimenta em chupar novamente os favos já saboreados; lá ficou um raio de mel, que o labio avido colhe. Para Leopoldo esses raios de mel eram os olhares, os movimentos, os sorrisos da moça, avivados pela maior contensão do espirito.
Houve uma occasião em que o mancebo quiz representar em sua lembrança a imagem da moça: naturalmente começou interrogando sua memoria á respeito dos traços principaes. Como era ella? Alta ou baixa, torneada ou esbelta, loura ou morena? Que côr tinhão seus olhos?
A nenhuma dessas interrogações satisfez a memoria; porque não recebêra a impressão particular de cada um dos traços da moça. Não obstante, a apparição encantadora resurgia dentro de sua alma; elle a revia tal como se dese-