o filho, menino de quinze anos, sentava-se ao piano e...
— Chassé-croisé! gritava D. Clementina.
Nesta casa Leopoldo tinha certeza, não só de ser bem recebido, como de encontrar bastante arruído para aturdir-se e abafar uns gemidos que sentia às vezes repercutirem no coração. Tinham decorrido cinco dias depois da decepção; às oito horas da noite entrou o moço na sala de D. Clementina, que o recebeu com surpresa cheia de amabilidades.
Além de estimado, acontecia que ele era justamente o quarto par. Tirado o dono da casa, o Sr. Campos, o filho Alfredo, e três velhas, inválidas da dança, havia na sala cinco senhoras para dois cavalheiros; servindo uma senhora de cavalheiro, ainda faltava metade de um par.
Quando a campainha anunciou mais uma visita, D. Clementina de olhos fitos na porta da sala, dispôs-se a receber o recém-chegado com o seu mais afável sorriso. Vendo Leopoldo, correu a ele, e desfolhando-lhe um ramalhete de amabilidades, trançou-lhe o braço; antes que o moço tomasse pé na sala, era arrebatado pela quadrilha, a compasso de galope.