pela defensão do padroado real, em pró do qual aliás não duvidariam os camaristas "pôr suas cabeças", como disseram na carta de 6 de novembro a Afonso VI. Responderam ao prelado protestando que no acórdão tomado nunca fora seu intento encontrar a jurisdição eclesiástica, senão só acudir à sua obrigação, por ser a Sé igreja do padroado d'El-Rei, para que em tempo nenhum se lhe pudesse dar em culpa, e argüir de pouco zelosos no serviço do dito Senhor; pelo que esperavam que não continuasse com a censura notificada.
Interpôs o governador seus bons ofícios, e afagada a soberba do prelado com o tom submisso do Senado, condescendeu este em suspender a excomunhão intimada, até resolução de El-Rei, a quem se dirigiram as duas partes, pela frota de novembro, a primeira que partiu depois desta ocorrência.
Reza a crônica que no intuito de justificar a sua determinação de mudar a Sé, afirmava o Doutor Almada que a Igreja de São Sebastião estava em mato, sendo preciso que o vigário lhe abrisse caminho para o trânsito dos fiéis nas festas e procissões. Não faltava à verdade o reverendo; apenas omitia uma circunstância bem insignificante: que o mato