fervor, começou Ivo a talhar no ar com o bico da pena os contornos da letra, que afinal se desenhou no papel com um traço finíssimo, como se faz no primeiro esboço da pintura. Satisfeito de sua obra, ficou a contemplá-la com certo enlevo.
Era aquela a inicial do nome querido; e pois não admira que aí se viessem agrupar as doces reminiscências e os fagueiros pensamentos que lhe ei chiam a alma, ainda mais naquela hora tão próxima do primeiro abraço.
Todas estas abundâncias do coração namorado se derramavam no papel, sobre aquele M adorado, mas pelos bicos da pena em cetrarias ou arabescos de toda a sorte e nos mais delicados lavores de paisagens. Aqui, em um dintorno da letra, eram pombinhos arrulando beijos; ali, pelos travados e ligamentos, anjinhos a brincar esvoaçando entre as flores, colibris beliscando as frutas, e por toda a parte emblemas de amor, como corações agrilhoados, molhos de setas, e cupidinhos vendados.
Tudo isto, ia o rapaz penejando sobre o papel com extrema rapidez, e no fogo da inspiração. Passada porém a primeira efusão, depois que verteu a flor de sua imaginação, no desejo de