— Suma-me daqui esta pouca-vergonha! intimou ao mais velho dos escreventes. Reduza-a a pó que não fique sinal.
Limpo assim o cartório da praga que o infestara, voltou o tabelião ao seu tamborete, mas não à ocupação, que estava ainda muito cheio do desaforo para cuidar em outra cousa. Contudo não esbravejava; apenas resmungava entre si umas cousas que se não entendiam; e lá de vez em quando assentava uma reguada no próximo bacamarte, e acompanhava-a de uma exclamação neste gosto:
— Marau!...
Ou senão:
— Excomungado!...
Foi assim que em um momento viu-se o Ivo transportado dos jardins esplêndidos de seus castelos encantados para o olho da Rua do Aleixo, onde ainda se achava atordoado com o que lhe acontecera.
Mas não era ele rapaz que sucumbisse com um contratempo. Deitou-se a andar para a casa e em pouco voltou armado de um bodoque. Saltando a cerca do tabelião, na esperança de rever Marta e falar-lhe, o estouvado rapaz consolou-se de sua desventura, fuzilando o Cláudio e sua récua