de sua despedida, tentou o Ivo meios de obter do tabelião que relevasse a primeira falta, e de novo o tomasse ao serviço do cartório. Valeu-se para isso do empenho da Senhora Romana, que já lhe tinha servido de madrinha da primeira vez, a quem para melhor dispor-lhe a vontade levou de mimo um São João Batista pintado por ele.
Desta vez, porém, o Sebastião Ferreira mostrou-se inexorável, e toda a costumada petulância da velha não pôde com ele. Basta que a lembrança do cano de bota recheado de moedas achou-o impenetrável. Nada, que tratava-se da honra do ofício público e decoro de seu cartório.
Reduzido pois, mas não resignado, à antiga e triste condição de pé de muro, vivia o ex-escrevente a rondar as cercanias da casa do Freire, obrigado a se esconder do tabelião, como dos minoristas que não lhe perdoariam as bodocadas.
De tudo, á que mais ralava ao nosso namorado era essa espionagem dos fâmulos do prelado, a qual não só lhe metia sua ponta de ciúme, como impedia-lhe de aproveitar as furtivas ocasiões de falar a Marta.
Um dia faltou-lhe a paciência; e assentou de acabar com aquela penitência, ainda que saísse uma estralada. Levou a cogitar a noite; e pela manhã