achando fechada a janela metiam-se no corredor, a espiar pelo buraco da fechadura. Era aí que os esperava o Ivo, a quem desde o princípio não escapara a manobra.
Nesse dia, pois, quando o Cláudio e mais três companheiros estavam mais entretidos em espiar, revezando cada um sua vez de pôr o olho à fechadura, o enjeitado reunindo sutilmente as fraldas das sotainas, prendeu-as com o anzol, cujo cordel tivera antes o cuidado de atar com segurança ao trinco da porta.
Executada a empresa, escapuliu-se o Ivo sem que o pressentissem, e chegando à rótula do cartório, fronteira do tabelião, colou a boca na fresta para gritar com disfarce na voz:
— Uhl uhl velho urubu!
Ergueu-se furioso o tabelião, que brandiu o espadim e precipitou-se para a porta, mas depois de revestir-se de solenidade precisa, encasquetando o grande tricórnio. Seguiram-no os escreventes, armados, como de costume, de vassouras, réguas e tamboretes.
Ao ranger da chave na fechadura, os minorenses advertidos escamaram-se para não serem apanhados em flagrante. No meio da rua, porém, esticada a guita do anzol, esbarrou-os de repente