vergonha que tinham sofrido, e abespinhados como os maribondos quando os assanham, ardiam por tomar sua desforra do tabelião, a quem principalmente atribuíam a armadilha de que tinham sido vitimas. Bem desconfiavam eles que aí andavam o dedo e a ronha do Ivo, mas dispostos a pespegar-lhe uma sova a propósito, o primeiro ímpeto foi contra o Sebastião, a cujo mandado obedecera o escrevente. Ignoravam ainda a despedida do Garatuja.
Na tarde daquele mesmo dia, estava o pecador" do Ivo escondido no quintal em segredinhos com Marta, quando o "justo" Sebastião Ferreïra, já de retorno, vinha pela Rua da Quitanda em busca da sua casa à esquina da Rua do Aleixo.
Fora o tabelião dar seu giro do costume, e aproveitara para referir em cada porta o caso engraçado. Agora voltava deleitando-se ainda com a lembrança das gargalhadas que o tinham aplaudido, e caminhava teso e compassado ao longo da cerca do prelado.
Fatal imprudência!
De repente sentiu o Freire meter-se-lhe entre as tíbias, um objeto que ele a princípio cuidou ser a própria bengala; mas não teve tempo de averiguar, porque apesar de sua grave compostura